“O CFBM quer o biomédico formado com excelência, com aulas práticas e vivência no mercado de trabalho.”
O Ministério da Educação (MEC) confirmou que cursos das áreas de Engenharia e Saúde não poderão mais ser ofertados integralmente na modalidade de Educação a Distância (EAD). A decisão integra o novo decreto presidencial que deverá ser publicado em breve. A decisão foi anunciada na última quinta-feira, dia 24, pelo diretor de Regulação da Educação Superior do MEC, Daniel Ximenes.
O Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) e a Comissão de Valorização Profissional apoiam integralmente esta iniciativa, que representa um passo fundamental para garantir a qualidade da formação biomédica e fortalecer a valorização da classe profissional. No entendimento de lideranças da profissão, a Biomedicina, assim como outras áreas da Saúde, exige formação prática sólida e contato direto com ambientes profissionais, sendo que a qualidade da formação biomédica depende de experiências presenciais em laboratórios.
“Um dos tripés dessa gestão do CFBM é a constante valorização da classe biomédica. A valorização passa por uma vertente que é a melhoria da qualidade da graduação em Biomedicina. A modalidade EAD não flerta com a qualidade de ensino na área da saúde. O graduando necessita de uma formação humanística, aprender a lidar com pessoas, a ter sensibilidade no tato, olhar aguçado e a escutar as queixas. Isso dá a esse aluno o caráter e senso prático de lidar com o próximo com profissionalismo e humanidade. A ferramenta EAD não proporciona esse cenário”, afirma o presidente do CFBM, dr. Edgar Garcez Júnior.
Segundo explica, as Instituições de Ensino (IES) transferiram seu custo com a formação prática para o futuro empregador, utilizando a modalidade EAD como regra para baixar seus custos. E o EAD não cumpriu seu papel de atender populações desassistidas ou sem acesso geográfico a equipamentos de ensino. “A evasão dos cursos EAD é próxima a 70%”, lembra.
Ressalta ainda que o EAD, na área da saúde, veio com uma única finalidade: dar mais lucro aos acionistas dos grandes grupos educacionais. “É um modelo fracassado contra o qual o CFBM enfrenta com todo seu arsenal jurídico e político. O CFBM quer o biomédico formado com excelência, com aulas práticas e vivência no mercado de trabalho.”
“A modalidade EAD faz mal à saúde da Biomedicina, e continuaremos combatendo essa modalidade perversa”, acrescenta o presidente.
fonte: CFBM
Acesse outros links
Simule um plano
Os melhores planos para
Biomédicos pelo melhor preço