CORONAVÍRUS: COMUNICADO AOS PROFISSIONAIS BIOMÉDICOS
Atento à necessidade de assistir os profissionais biomédicos, bem como a população em geral, com informações que possam minimizar os riscos de transmissão e o agravamento do coronavírus, o CRBM1 reuniu algumas das principais recomendações de órgãos competentes.
O intuito é colaborar com a proliferação de estudos e dados científicos, bem como fatos no Brasil e no mundo relacionados à pandemia, a fim de auxiliar o profissional biomédico no esclarecimento da doença (o que é, como ocorre a transmissão, prevenção, faixa etária mais vulnerável, avanço nas pesquisas de vacinas etc.) para que atue com efetiva segurança e seja mais um importante agente de saúde no enfrentamento desse quadro.
Vale lembrar que a recomendação do CRBM1 é privilegiar o acesso aos serviços do Conselho via canais digitais, evitando a presença na sede para o atendimento.
DESCOBERTA E INÍCIO DOS CONTÁGIOS
Desde que os primeiros casos do novo coronavírus (Sars-Cov-2) foram confirmados no Brasil, com dados alarmantes pelo mundo, inúmeras foram as recomendações das autoridades e órgãos da saúde para a prevenção da doença, especialmente aos profissionais de saúde, que estão na linha de frente no combate ao surto.
O novo coronavi?rus foi identificado em investigac?a?o epidemiolo?gica e laboratorial apo?s a notificac?a?o de casos de pneumonia de causa desconhecida entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano, diagnosticados inicialmente na cidade chinesa de Wuhan, capital da provi?ncia de Hubei.
Até o fechamento deste texto (em 18/3), o Brasil registrava 529 pessoas infectadas em 20 estados e no Distrito Federal, e quatro óbitos em São Paulo.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, até o dia 16/3, os números de casos e de mortes por Covid-19 fora do território chinês já ultrapassaram os registrados na própria China.
Monitoramento realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, mostra 7.955 mortes pela doença no mundo, sendo mais de 3.200 na China. Em março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou como pandemia o novo coronavírus.
O QUE SÃO CORONAVÍRUS
Os coronavi?rus (CoV) compo?em uma grande fami?lia de vi?rus, conhecidos desde meados da de?cada de 1960, que receberam esse nome devido a?s espi?culas na sua superfi?cie, que lembram uma coroa (do ingle?s crown). Podem causar desde um resfriado comum ate? si?ndromes respirato?rias graves, como a si?ndrome respirato?ria aguda grave (SARS, do ingle?s Severe Acute Respiratory Syndrome) e a si?ndrome respirato?ria do Oriente Me?dio (MERS, do ingle?s Middle East Respiratory Syndrome). Os vi?rus foram denominados SARS-CoV e MERS-CoV, respectivamente.
A descoberta é de uma nova variante do coronavi?rus, denominada 2019-nCoV, ate? enta?o na?o identificada em humanos. Ate? o aparecimento do 2019-nCoV, existiam apenas seis cepas conhecidas capazes de infectar humanos, incluindo o SARS-CoV e MERS-CoV.
GENOMA
Pesquisadoras brasileiras realizaram o sequenciamento genético do novo coronavírus em 48 horas. Alertas, assim que houve a confirmação do primeiro caso brasileiro, divulgado no dia 26 de fevereiro, a equipe recebeu informações sobre as amostras nasofaríngeas do homem de 61 anos infectado, analisadas pelo departamento do biomédico Claudio Tavares Sacchi, coordenador do laboratório estratégico do Instituto Adolfo Lutz.
O sequenciamento do genoma foi feito pelas biomédica Jaqueline Góes de Jesus, Ingra Morales e Flávia Sales e pela farmacêutica Erika Manuli, pesquisadoras da Faculdade de Medicina da USP dentro do Instituto Adolfo Lutz (IAL) e em parceria com o IMT-USP e a Universidade de Oxford, por meio do professor Nuno Faria.
VACINA
O Governo da China autorizou pesquisadores a iniciarem testes de segurança em humanos de uma vacina experimental contra o novo coronavírus.
Nos Estados Unidos, cientistas realizaram o primeiro teste da vacina em humanos.
INFECÇÃO
O vírus permanece nas vias aéreas superiores, como nariz e garganta, e não causa complicações mais graves, sendo que na menor parte dos casos o Sars-Cov-2 avança às vias aéreas inferiores (traqueia, brônquios e alvéolos).
“Nem todos os casos de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, se manifestam da mesma forma. Para ter consequências mais graves, o vírus Sars-Cov-2 precisa percorrer um longo caminho até chegar ao pulmão, segundo o médico pneumologista José Eduardo Afonso Júnior, do Hospital Albert Einstein, ouvido pelo G1.
Sabe-se que idosos, diabéticos, hipertensos e pessoas com insuficiência cardíaca, renal ou doença respiratória crônica podem ficar mais expostos e ter complicações decorrentes da Covid-19.
FORMAS DE TRANSMISSÃO
Gotículas de saliva com o vírus saem no espirro, na tosse, no catarro e na fala. As gotículas com o vírus entram em contato com mucosas, como boca, olhos e nariz, e ocorre a infecção
Por contato
SINTOMAS
Os sintomas são bastante variados. Os mais comuns são tosse (seca ou com secreção), febre (acima de 37?); os mais graves são dificuldade respiratória aguda e insuficiência renal. Outros possíveis sintomas são dores no corpo, congestionamento nasal, inflamação na garganta e diarreia.
Pode variar desde casos assintoma?ticos, casos de infecc?o?es de vias ae?reas superiores semelhante ao resfriado, ate? casos graves com pneumonia e insuficie?ncia respirato?ria aguda, com dificuldade respirato?ria. Crianc?as de pouca idade, idosos e pacientes com baixa imunidade podem apresentar manifestac?o?es mais graves.
RECOMENDAÇÕES PARA A PREVENÇÃO DA DOENÇA
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Profissionais da saúde devem utilizar medidas de precauc?a?o padra?o, de contato e de goti?culas (ma?scara ciru?rgica, luvas, avental na?o este?ril e o?culos de protec?a?o). Para a realizac?a?o de procedimentos que gerem aerossolizac?a?o de secrec?o?es respirato?rias, como intubac?a?o, aspirac?a?o de vias ae?reas ou induc?a?o de escarro, devera? ser utilizada precauc?a?o por aerosso?is, com uso de ma?scara profissional PFF2 (N95).
ISOLAMENTO PARA CASOS SUSPEITOS
Os casos suspeitos devem ser mantidos em isolamento enquanto houver sinais e sintomas cli?nicos. Paciente deve utilizar ma?scara ciru?rgica a partir do momento da suspeita e ser mantido preferencialmente em quarto privativo.
Fontes: Sociedade Brasileira de Infectologia; Instituto Emílio Ribas, OMS e Ministério da Saúde, Portal G1
download do arquivo: CRBM1 Coronavirus
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