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02-03-16 | Notícias

São Paulo participa do Plano Nacional de Contenção do Poliovírus Selvagem e Poliovírus Vacinal em Laboratórios Brasileiros

Laboratórios devem participar de inquérito nacional

A poliomielite é uma doença em processo de erradicação e globalmente têm sido empreendidos esforços para alcançar a meta de um mundo livre da doença, semelhante ao que ocorreu com a varíola nos anos de 1980. Durante a 68ª Assembleia Mundial de Saúde, realizada em Genebra em maio de 2015, o Brasil e os países-membros endossaram o compromisso internacional de contribuir para a erradicação global da doença e evitar a reintrodução do poliovírus selvagem, atentando também para os eventos adversos pós-vacinação associados ao uso da vacina oral até 2018.
Para atingir essa meta, a Coordenação Geral de Laboratórios da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (CGLAB/SVS/MS), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Secretarias Estaduais de Saúde, estão responsáveis pelo Plano Nacional de Contenção do Poliovírus Selvagem e Poliovírus Vacinal em laboratórios brasileiros.
Nesse contexto, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, por meio do Instituto Adolfo Lutz, da Coordenadoria de Controle de Doenças (IAL/CCD/SES), deu início ao processo para identificar possíveis laboratórios em território paulista que trabalham com materiais infectantes e potencialmente infectantes para o poliovírus selvagem e/ou vacinal. Conforme recomendação OMS, somente laboratórios com ambiente de alta contenção biológica NB3 poderão armazenar amostras de poliovírus selvagem e/ou vacinal, caso contrário as amostras deverão ser destruídas.
Nos anos de 2008 e 2009, a CGLAB realizou um levantamento dos laboratórios com possibilidade de conter materiais infectantes ou potencialmente infectantes para o poliovírus selvagem. Neste momento, está em andamento um novo inquérito com o objetivo de identificar laboratórios que possuem materiais que contenham, além do poliovírus selvagem, o poliovírus vacinal.

Para melhor entendimento, a seguir definimos materiais infectantes e potencialmente infectantes:

? Materiais infectantes (que contêm o poliovírus selvagem e/ou vacinal): materiais clínicos oriundos de casos confirmados de infecção por poliovírus selvagens e PVDV, amostras ambientais com água de esgoto ou in natura em que esses vírus estejam presentes e produtos de replicação desses vírus, incluindo: poliovírus isolados em cultivos celulares, cepas de referência, cepas para vacinas inativadas; animais infectados com poliovírus ou materiais clínicos oriundos desses animais; produtos de pesquisa em laboratório que possam conter as sequências do capsídeo dos poliovírus selvagens; estrutura total do RNA ou cDNA que contêm sequências de capsídeos derivadas de poliovírus selvagem; e células continuamente infectadas com cepas de poliovírus, cujas sequências do capsídeo derivam de poliovírus selvagem.

? Materiais potencialmente infectantes para o poliovírus selvagem e/ou vacinal: fezes; secreções de orofaringe de humanos e amostras ambientais com águas de esgoto ou in natura, de origem desconhecida ou coletadas para qualquer fim no Brasil antes de 1991 ou em um dado momento, em uma área geográfica onde se suspeitava da presença do PVDV. Incluem-se ainda células adequadas para cultivo de poliovírus e/ou animais nos quais foram inoculados materiais potencialmente infectantes, ou seja: amostras não testadas para poliovírus e enterovírus, cepas de enterovírus não-caracterizados e cepas de poliovírus indiferenciado.

Obs: Não se consideram infectantes ou potencialmente infectantes para o poliovírus selvagem as amostras de soro e de líquido cefalorraquidiano oriundas de áreas endêmicas para pólio, assim como os materiais clínicos ou ambientais que foram estocados sem refrigeração por um período igual ou superior a três meses, refrigerados durante um ano ou mais, inativados pelo calor, tratados com desinfetantes antivirais ou previamente testados e apresentando resultado negativo para o enterovírus.

Para que seja atualizado o inventário de contenção no estado de São Paulo é necessário preencher o questionário/inquérito disponível no link http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=23898. O prazo máximo para o preenchimento do formulário é 11/03/2016. Qualquer dúvida ou necessidade de orientação, entrar em contato nos seguintes telefones ou e-mails dos responsáveis no Instituto Adolfo Lutz/CCD/SES/SP:
(11) 3068-2909 – Dra. Rita de Cássia Compagnoli Carmona, doencasentericas@ial.sp.gov.br ou (11) 3068-2904 – Dra. Maria do Carmo Sampaio Tavares Timenetsky, virologia@ial.sp.gov.br.

Oficio Conselho Biomedicina

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