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09-06-21 | Notícias

Apesar de as sete cidades da região já terem aplicado mais de 1 milhão de doses de vacina contra a Covid-19, a cobertura vacinal efetiva, ou seja, das pessoas que já tomaram as duas frações do imunizante, só atingiu 11,9%. Já o alcance da primeira dose é maior, 25,7%, mas ainda insuficiente para promover o controle da pandemia, alertam os especialistas. Avançar rapidamente para que ao menos de 60% a 70% a população adulta esteja completamente protegida é fundamental não só para queda efetiva nos casos e mortes por Covid, como para evitar o surgimento de variantes e novas ondas de contaminação.

Dados informados pelas prefeituras da região mostram que na última semana epidemiológica, entre os dias 30 de maio e 5 de junho, foram aplicadas apenas 5.832 segundas doses contra a Covid, o menor número em período de sete dias desde a semana entre os dias 21 e 27 de fevereiro. Em maio foram aplicados 84.296 reforços, contra 143.853 de abril. Embora seja preciso levar em conta que existe espaço de tempo que varia de 28 a até 90 dias no intervalo entre as doses, é possível constatar que o ritmo na região está bastante lento.

As prefeituras explicam que não há atraso na segunda dose por falta de imunizantes e que seguem a orientação do governo do Estado sobre a inclusão de novos públicos para administração da primeira dose, sem fazer o represamento dos imunizantes para a conclusão do esquema vacinal. De acordo com dados informados pelas administrações municipais, ao menos 16.644 pessoas estão com a segunda dose em atraso, cerca de 2% do total de vacinados até agora.

Especialista em gestão de saúde e conselheiro do CRBM1 (Conselho Regional de Biomedicina 1° Região), Michel Sant’Anna de Pinho destacou que todos os estudos realizados sobre a eficácia das vacinas levam em consideração o esquema vacinal completo, ou seja, a aplicação das duas doses. “Uma dose apenas não chega na eficácia que foi estudada e atestada, quando a vacina de fato se mostra eficaz para redução de contaminações, casos graves e mortes”, pontuou.
O especialista destacou que, para que haja controle da pandemia, é preciso que uma grande parcela, de 60% a 70% da população, esteja imunizada com as duas doses. “É o que vimos com o estudo conduzido em Serrana, no Interior do Estado de São Paulo. Quando a maioria da população se imunizou, os números de casos e mortes caíram drasticamente”, completou.

Pinho afirmou que, ainda que haja atraso na segunda dose, é importante que as pessoas completem o esquema vacinal. “Todos devem estar atentos não só ao prazo para receber a segunda dose, como se certificar que não haja erros, como os casos em que algumas pessoas tomaram doses de vacinas distintas”, alertou.
O infectologista Bernardo Almeida alertou que a estratégia que tem sido adotada de focar nas primeiras doses e – se necessário – aumentar o prazo entre a primeira e a segunda pode favorecer o surgimento de outras variantes. Entre todas cepas que já foram identificadas, quatro delas são monitoradas pela sua alta transmissibilidade e capacidade de contaminação na forma grave da doença.

Diário do Grande ABC

https://www.dgabc.com.br/Noticia/3727586/cobertura-de-2-dose-contra-covid-avanca-lentamente-na-regiao

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