17-11-21 | Notícias
Há pouco mais de 60 anos, laboratórios clínicos realizavam testes para gravidez utilizando sapos, e não eram poucos os médicos e farmacêuticos que levavam uma gota de urina do paciente à própria língua, para senti-la adocicada, na tentativa do diagnóstico do Diabetes.
Hoje, com poucas gotas de sangue informamos à futura mamãe o sexo de seu bebê, utilizando ferramentas moleculares; glicemia e hemoglobina glicada são exames corriqueiros e acessíveis.
Nos idos anos de 1960, o acesso a exames laboratoriais era facultado a pessoas de alto poder aquisitivo, e pouquíssimos estavam disponíveis. Eram realizados com técnicas manuais e artesanais.
As análises clínicas deram um salto quântico nos quesitos acessibilidade, diversidade e qualidade.
Hoje 70% das decisões médicas são baseadas em resultados de exames laboratoriais, e o arsenal analítico, disponível para os profissionais da saúde, não para de crescer.
Sem o laboratório clínico a medicina moderna seria impossível. Para o paciente, esse conjunto de ferramentas diagnósticas significa enormes chances de um tratamento efetivo.
A pandemia do coronavírus colocou os laboratórios clínicos em evidência, mostrando sua necessidade inequívoca para assessorar a saúde pública e a segurança da população no enfrentamento de doenças.
Mais ainda, os profissionais que atuam em laboratórios clínicos foram tratados como heróis, pois demonstraram sua força e compromisso com a assistência à população.
Dentre esses profissionais, os biomédicos e biomédicas habilitados em Patologia Clínica (Análises Clínicas) estiveram e estão na “crista da onda”, demostrando sua qualidade profissional e abnegação. Profissionais admirados pela população e respeitados por seus pares na área da saúde.
As análises clínicas retomaram seu papel fundamental frente à população e à saúde coletiva.
Raros são os laboratórios no Brasil que não contam com um profissional biomédico em seus quadros. De proprietários a analistas, de responsáveis técnicos a diretores executivos de grandes corporações, sempre encontramos uma biomédica ou um biomédico em destaque.
Hoje, os habilitados em Análises Clínicas atuam em todas os setores laboratoriais. São um dos três profissionais da saúde que possuem legalidade e legitimidade para executar as análises e firmar os laudos produzidos. É um profissional completo e qualificado.
As ferramentas moleculares já são a nova geração de técnicas que substituirão as ferramentas atuais nas análises clínicas; os profissionais terão de se especializar para seguir no setor laboratorial. Não haverá espaço para os que ficarem “parados no tempo”, reclamando de suas mazelas pessoais e delegando a outros suas necessidades. Biomédicos e biomédicas precisam ser proativos.
O Sistema CFBM/CRBMs está sempre alinhado para respaldar os profissionais com novas garantias demostradas em habilitações e normativas para manter o analista clínico em sintonia com o mercado de trabalho.
Nesse sentido, o CRBM1 e a APBM – Associação Paulista de Biomedicina estão trabalhando em agendas proativas no fortalecimento dos profissionais no mercado laboratorial com cursos, treinamentos, residências e convênios para estágios com grandes grupos do setor para garantir a empregabilidade e atualização profissional.
Biomédicos e biomédicas que têm no DNA as Análises Clínicas, parabéns pelo 20 de novembro, nosso dia. Tenham muito orgulho da profissão e da área de atuação que escolheram. Vocês sempre estarão em evidência no coração da população e no setor da saúde como “fundamentais”….
Saudações biomédicas!
Dr. Edgar Garcez Júnior
Conselheiro do CRBM1