Vacinas oferecidas pelo SUS ajudam na prevenção de doenças perigosas.
Em março do ano passado, o calendário de vacinas do SUS incorporou a vacina contra o rotavírus. A infecção por esse microrganismo ameaça principalmente a saúde de crianças menores de cinco anos e responde por cerca de 30% dos casos de diarréias graves nesta faixa etária. Cada bebê tem direito a tomar duas doses da vacina, uma aos dois meses e outra aos quatro meses de idade.
A vacina contra o rotavírus reforça um elenco do calendário de imunizações que protege contra várias outras doenças perigosas para as crianças. Bebês com idade entre zero e um ano tomam a gotinha para prevenção da poliomielite aos dois, quatro e seis meses, além das doses de reforço oferecidas nas campanhas nacionais de vacinação contra a pólio.
Logo que nascem, as crianças também recebem a BCG, proteção contra formas graves de tuberculose, e a primeira dose da vacina contra hepatite B. Com um mês e aos seis meses, os bebês voltam a receber a vacina contra hepatite B. Aos dois, quatro e seis tomam a tetravalente, proteção em relação à coqueluche, difteria, tétano e ao hemófilus influenza B, vírus responsável por doenças como a meningite. Com um ano, é a vez de a criança receber a tríplice viral, para se proteger do sarampo, rubéola e caxumba.
Todas essas vacinas são gratuitas e estão disponíveis nos postos de saúde do SUS. “Nosso calendário é amplo, universal e reconhecido por toda a população”, afirma Expedito Luna, coordenador de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde. “Até mesmo pessoas que poderiam pagar pela vacina na rede privada vêm ao SUS porque sabem como funciona e conhecem a seriedade e a eficácia do nosso sistema”, conclui.
dência ou suspeita de casos. Quem viajar para fora do continente americano também deve se vacinar contra o sarampo. “Isso é necessário para que o viajante, quando voltar, não corra o risco de trazer o vírus do sarampo ao país”, recomenda Luna.
RUBÉOLA — A partir do segundo semestre de 2006, os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais começaram a sofrer com surtos de rubéola. A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério identificou cerca de 300 casos em Minas Gerais e 200 no Rio.
Assim como o sarampo, a rubéola faz parte do grupo das doenças que provocam manchas avermelhadas na pele. Ambas são transmitidas de uma pessoa para a outra. A rubéola preocupa mais as autoridades de saúde quando atinge gestantes até o terceiro mês da gravidez. “Nas pessoas em geral, apresenta um quadro mais brando e pode até ser assintomática. Porém, nas grávidas até o terceiro mês de gestação pode causar malformação nos fetos, a chamada Síndrome de Rubéola Congênita”, explica Expedito. O Ministério da Saúde vem promovendo ações de bloqueio da transmissão da doença. Atualmente, o governo federal discute com os estados brasileiros e com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) estratégias para eliminação da rubéola do Brasil.
Entre os anos de 2000 e 2003, o país desenvolveu campanhas maciças para imunizar mulheres em idade fértil (dos 12 aos 39 anos) contra a rubéola. No período, cerca de 40 milhões de mulheres receberam a vacina. A cobertura, nesta faixa etária, chegou a mais de 90%. A questão é que hoje há mulheres em idade fértil que não receberam a vacina na época, por que ainda não tinham atingido a faixa etária coberta. Elas estão expostas a contrair a doença dos grupos não imunizados – mulheres que entre 2000 e 2003 estavam acima dos 39 anos e homens.
FEBRE AMARELA — O Ministério da Saúde recomenda, ainda, às pessoas que forem viajar para a Amazônia e para a África que tomem a vacina contra a febre amarela. A dose tem validade de dez anos e leva 10 dias para surtir efeito. A febre amarela se transmite quando um mosquito que picou um macaco infectado — reservatório da doença — pica o homem.
(Fonte: Ministério da Saúde)