Brasil monta laboratórios para diagnosticar vírus H5N1
Unidade em Campinas já está equipada.
m breve, o Brasil terá seis laboratórios com tecnologia para diagnosticar o vírus H5N1, da gripe aviária, em apenas três horas a partir do recebimento da amostra. Além de uma unidade dos Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagros) em Campinas (SP), já equipada, outras cinco em Belém (PA), Concórdia (SC), Recife (PE), Pedro Leopoldo (MG) e Porto Alegre (RS) estão recebendo equipamentos de diagnóstico molecular por PCR (reação em cadeia da polimerase), que analisa o DNA do vírus com sensibilidade de 98%.
A providência faz parte do plano de contingência do Ministério da Agricultura e tem como objetivo entrar em ação no caso de aves brasileiras serem contaminadas. O investimento é de R$ 37 milhões. De acordo com virologistas, o Brasil deve se preparar para a doença, mas ela pode aparecer com uma forma menos perigosa da que ocorre na Ásia e Europa.
OMS vacila diante da gripe aviária
Agência não sabe o que fazer com populações atingidas.
m meio à perplexidade diante do avanço da gripe aviária, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tenta tomar algumas iniciativas visando conter um eventual surto da doença. Equipes formadas por especialistas, médicos e epidemiologistas vão se deslocar a regiões onde haja sinais de surgimento da pandemia para estabelecer in loco um plano de contenção.
Apesar da iniciativa, a agência de Saúde da ONU não tem informações precisas sobre a doença, não está treinada suficientemente para lidar com o problema, nem sabe se a estratégia funcionará.
“Não sabemos se o que estamos fazendo está no caminho certo”, admite Keiji Fukuda, da OMS, em Genebra, na Suíça. Ele também reconhece que não existe um consenso sobre o que fazer com populações atingidas. “Em uma zona afetada, ninguém poderá sair ou entrar? Isso envolve considerações éticas muito importantes”, afirma o especialista.
Outro problema enfrentado pela OMS é a falta de informações sobre o volume de medicamentos estocados em cada país. A entidade sugere que os governos contem com reservas de remédios para atender cerca de 20% de suas populações, mas muitas nações não passaram os dados necessários. Caso o plano fracasse — hipótese admitida abertamente pela OMS —, a meta será reduzir o ritmo de proliferação da pandemia. Para cada dia ganho contra a doença seria possível produzir 5 milhões de doses da vacina, desde que seja conhecido exatamente qual o vírus responsável pela pandemia.
(Fonte: Agências Noticiosas Internacionais)
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