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poderíamos estar mais felizes. Afinal, o IX Congresso Brasileiro
de Biomedicina, realizado pela Associação Paulista
de Biomedicina, com o apoio do Conselho Regional de Biomedicina
e do Núcleo da Saúde do UniFMU, superou as mais
otimistas expectativas. O evento científico está
sendo apontado como o maior e melhor de toda a história
da categoria e isso nos envaidece, já que fomos o presidente
da Comissão Organizadora.
Efetivamente, foram superados muitos desafios para que o congresso
se tornasse realidade. Na verdade, fomos colocados à prova.
Como se não bastassem as grandes dificuldades econômicas
pelas quais o país está passando desemprego,
recessão, arrocho salarial, juros elevados, dívidas,
paralisia de atividades, falta de financiamento, inadimplência,
incertezas, pessimismo, desesperança, inflação,
escândalos, etc. , a essa crise se somou a absoluta
falta de apoio dos laboratórios, da indústria nacional
e internacional e dos distribuidores de insumos e equipamentos.
Diante disso, o processo de organização do evento
sofreu momentos de estagnação.
Conseguimos, porém, reunir forças e elaboramos,
com muita dignidade, um evento com um conteúdo programático
excelente, que contou com a participação de várias
dezenas de palestrantes da mais alta qualidade em temas de elevado
nível de interesse.
A resposta veio na forma de nscrições. Ficou assim
mais uma vez comprovado que ainda existem pessoas e instituições
absolutamente sérias, que realizam as tarefas que se propuseram
a desenvolver e não negociam em hipótese alguma
a dignidade.
Assim, a coletividade biomédica conquistou o máximo
que foi possível oferecer dentro das inúmeras dificuldades
que o país enfrenta.
Fica, porém, bastante claro que, se tivermos apoio da categoria,
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poderemos dar seqüência a realizações
dessa envergadura,
até que a outra parte da sociedade entenda e também
prestigie.
Somos 1.400 empresas com potencial de compra e, quando nós,
biomédicos, não estamos na direção,
somos responsáveis pela indicação. Por
outro lado, também somos formadores de opinião.
Os gestores, no entanto, ainda não se aperceberam disso.
Mas, desde a última edição do Congresso
Brasileiro de Biomedicina, realizada em Recife em 2002, trabalhamos
muito para que este evento científico se transformasse
de fato em um verdadeiro marco para a profissão. Conseguimos
realizar o primeiro congresso no qual os participantes puderam
optar por outras áreas além da Patologia Clínica,
como no caso de Citologia, Imagenologia, Acupuntura e Gestão.
E agora, superados todos os desafios, não temos dúvida
em afirmar que esse congresso passa a representar um marco na
história da Biomedicina. Além do que servirá
de base segura para realizações futuras, pois
dispomos de experiência e visão ampla no que se
refere à melhor organização.
A grandiosidade do congresso nos leva a apresentar esta edição
especial da Revista do Biomédico, cujo objetivo é
procurar dar uma visão panorâmica do que foi o
importante acontecimento. De qualquer forma, na próxima
edição retornaremos o assunto, divulgando, inclusive,
os resultados de uma pesquisa realizada durante os cursos, palestras,
mesas-redondas, fóruns e workshops.
Enfim, superamos desafios, alcançamos nossos objetivos,
ganhamos a confiança dos profissionais biomédicos
e esperamos que todos estejam cada vez mais conscientes do importante
papel que ocupam na área de saúde e no seio da
sociedade.
Marco Antonio Abrahão
é presidente do CRBM 1ª Região
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